Francisco Cuoco

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Francisco Cuoco é o nome artístico e de batismo do ator brasileiro que ganhou fama por interpretar diversos personagens na TV e no cinema nacional, sendo muitos deles como galãs.

Francisco nasceu em 29 de novembro de 1933, em São Paulo. É filho de um feirante italiano, Leopoldo Cuoco com Antonieta. Sua irmã é Grácia.

O ator cresceu no famoso bairro paulistano do Brás. Era frequente ver a montagem e a desmontagem de circos na região, que acabou despertando nele o desejo pelas artes cênica. Cuoco costumava nessa época atravessar a rua e fazer daquele espaço de montagem do circo o seu palco, onde criava os seus próprios diálogos com o típico toque engraçado infantil para os seus vizinhos. O ingresso cobrado nada mais era do que um botão de futebol de mesa.

Francisco Cuoco dividia o seu tempo trabalhando durante o dia na feira junto com o pai e, à noite, dedicava-se aos estudos. Seu objetivo naquele momento era fazer uma faculdade de Direito.

Aos 20 anos de idade, prestou o vestibular, mas acabou trocando o Direito pela Escola de Arte Dramática de São Paulo. Neste momento, observava-se o auge de renomados estúdios de cinema, como era o caso do Vera Cruz. De algum modo, isso fez com que o ator começasse a sonhar com aquele mundo artístico.

Início da carreira

Após quatro anos de estudos, Francisco Cuoco se formou, ao passo que integrava o elenco do Teatro Brasileiro de Comédia, o famoso TBC. Em 1959, ingressou em outro importante grupo, o Teatro dos Sete, o qual tinha em seu elenco importantes nomes da arte dramática brasileira, a saber: Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Alfredo Souto de Almeida, Fernando Torres, Luciana Petruccelli, Sérgio Britto e seu fundador Gianni Ratto. francisco cuoco

O primeiro papel como protagonista veio em 1961, com o personagem Werneck, da famosa peça “O Beijo no Asfalto”, escrita por Nelson Rodrigues e com a direção de Fernando Torres. Três anos depois, Cuoco recebeu o prêmio de melhor ator coadjuvante da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) pela atuação na peça “Boeing-Boeing”

Teatro versus TV

Enquanto trabalhava no teatro, Francisco Cuoco começou a dar os primeiros passos na televisão, por meio do elenco do Grande Teatro Tupi. Naquela época, a TV era feita ao vivo e isso exigia dos atores maior esforço e improvisação que, segundo Cuoco, foi “um momento de grande aprendizado”.

Não demorou muito e começou a trabalhar em outras grandes produções como “Marcados Pelo Amor” (1964), na TV Record, com a direção de Walther Negrão e Roberto Freire. Em 1965, Cuoco foi escalado para trabalhar na novela “Renúncia” de Walther Negrão, que foi exibida pela TV Record. Ele ganhou aqui o seu primeiro protagonista e atuou ao lado da atriz Irina Grecco.

Na antiga TV Excelsior, atuou em Redenção (1966), de Raimundo Lopes, que foi um grande sucesso da época e que acabou lhe dando maior projeção. Cuoco deu vida ao personagem Dr. Fernando. Curiosamente, esta novela detém um recorde de permanência no ar, que é de 596 capítulos exibidos em um período de dois anos.

Em 1968, atuou em “Legião dos Esquecidos” também de Raimundo Lopes. Neste trabalho, teve como par romântico a atriz Regina Duarte, cuja parceria viria a se repetir por várias outras vezes.

Em 1970, Francisco Cuoco foi para Rede Globo e, nesta emissora, integrou o elenco de “Assim na Terra como no Céu”, de Dias Gomes, em que deu vida ao padre Vítor Mariano. Depois realizou diversos trabalhos escritos por Janete Clair, a qual tinha o ator como um de seus prediletos.

Para tanto, na novela “Selva de Pedra”, Cuoco interpretou Cristiano; já em “O Semideus”, deu vida ao jornalista Alex. Na primeira versão de “Pecado Capital”, fez o taxista Carlão, trabalho este que lhe rendeu muitos elogios.

Em “O Astro”, interpretou o vidente Herculano, que era um misto de mocinho e vilão. Na novela “Sétimo Sentido”, era o ambicioso Tião Bento e, em “Eu Prometo”, o político Lucas.

Entre vários grandes papeis trabalhados até hoje, um em especial marcou a trajetória de Francisco Cuoco. Em 1983, o ator trabalhou na novela “O Outro”, onde vivenciou dois personagens que protagonizavam a obra: os sósias e vizinhos, um era o milionário Paulo Della Santa e o outro o mecânico Denizard, que em algum momento da trama têm suas vidas cruzadas.

Prêmios recebidos

Ao longo de sua carreira, Francisco Cuoco já recebeu vários prêmios por suas atuações. Alguns deles são:

1964 – Melhor ator coadjuvante pela atuação na peça “Boeing Boeing” da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte);

1967 – Melhor ator pela atuação como Dr. Fernando na novela “Redenção” com o Troféu Imprensa;

1971 – Melhor ator pela atuação como Gilberto Atahyde, na novela “O Cafona” com o Troféu Imprensa;

1972 – Melhor ator pela atuação como Cristiano Vilhena, na novela “Selva de Pedra” com o Troféu Imprensa;

1998 – Melhor ator coadjuvante no filme “Traição” (episódio “Diabólica”) no Prêmio Festival de Cinema de Brasília

2005 – Melhor ator coadjuvante pela atuação como José Higino, na novela “América” no Prêmio Qualidade Brasil-RJ;

2015 – Melhor ator coadjuvante no filme “Real Beleza” no Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro.

Carreira no cinema

Em 2000, Francisco Cuoco diminuiu o seu trabalho com novelas e se dedicou ao cinema. Para tanto, participou de longas como “Traição” de José Henrique Fonseca e Arthur Fontes; “Gêmeas” de Andrucha Waddington; e “Um Anjo Trapalhão”, de Alexandre Boury e Marcelo Travesso.

Em 2001, atuou em “A Partilha” de Daniel Filho. Já em 2005, trabalhou em “Cafundó”, de Clóvis Bueno e Paulo Betti.

Em seguida, resolveu voltar ao teatro e integrou o elenco de “Três Homens Baixos”. Nesta peça também estavam os atores Gracindo Jr. e Chico Tenreiro.

Paixão pela música

Poucas pessoas sabem, mas Francisco Cuoco possui grande paixão pela música. Tanto que em 1975 ele gravou um disco romântico, o “Soledad” e o CD Paz Interior, que reúne 16 orações católicas.

Em 2015, Cuoco assinou um contrato com o selo RYB8 (que conta, entre os seus sócios, o cantor Bruno Gouveia, vocalista da banda Biquíni Cavadão) com o intuito de participar do projeto “A vida dos Santos”, com 18 volumes.

Antes de Francisco Cuoco, o narrador Cid Moreira havia participado de um importante projeto que foi a narração da Bíblia completa em uma coleção de CDs. No projeto “A vida dos Santos” os textos foram criados pelos teólogos Paulo Sérgio Soares, Edward Guimarães e Tânia Dias Jordão da PUC Minas.

Paixão de Cristo

Em 2017, Francisco Cuoco foi convidado pela AACSP (Associação Artístico Cultural São Pedro) de Guabiruba para participar da encenação do espetáculo “Paixão e Morte de um Homem Livre”, que retrata a história da crucificação e ressurreição de Jesus Cristo na visão da Virgem Maria. A peça é encenada a cada 2 anos.

Vida pessoal

Francisco Cuoco chamou a atenção do Brasil ao revelar o seu namoro em 2013 com a estilista Thaís Almeida, de 27 anos. A diferença entre eles é de 54 anos. No primeiro semestre de 2018 ele confirmou o término do namoro.

Com o fim do relacionamento, Francisco Cuoco decidiu morar com a sua ex-mulher Gina Rodrigues com quem foi casado por 18 anos e teve três filhos.