Robert Duvall

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Robert Duvall é um ator de talento incontestável. Aqui, falaremos um pouco da vida e da carreira desta personalidade, que integra a lista das mais talentosas de Hollywood.

Origens do ator

Robert nasceu na cidade de San Diego, no estado americano da Califórnia, em 5 de janeiro de 1931. Sua mãe era atriz amadora e seu pai, um oficial da Marinha dos Estados Unidos que passou para a Reserva como a patente de almirante. A ascendência do ator é, principalmente, inglesa, mas também alemã, belga, francesa, suíça e galesa.

Duvall passou a maior parte de sua infância na cidade de Anápolis, onde fica a famosa Academia Naval dos Estados Unidos. Ele se formou em 1953 em Drama no Principia College, no estado de Illinois. Robert Duvall, ainda jovem, serviu no Exército dos Estados Unidos por um ano, entre agosto de 1953 e agosto de 1954. A Guerra da Coreia, que opusera a uma coalizão militar liderada pelos Estados Unidos a Coreia do Norte, apoiada pela China e pelo Bloco Soviético, havia acabado um mês antes de o ator começar a servir.

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Entre 1955 e 1957, o ator estudou na Neighborhood Playhouse School of the Theatre, uma famosa escola de teatro na cidade de Nova Iorque. Para isso, usou os recursos que a lei chamada G. I. Bill destinava a quem tivesse servido nas Forças Armadas e quisesse estudar. Nessa época, ele também foi funcionário de escritório dos Correios e foi motorista de caminhão. Entre as pessoas com quem dividiu habitação em seu tempo em Nova Iorque, estavam dois outros futuros astros do cinema, Dustin Hoffman e Gene Hackman, que eram seus colegas na escola de teatro.

Início da carreira de Duvall

Fez Robert Duvall filmes muito apreciados, alguns dos quais se encontram seguramente entre os maiores da história do cinema, mas seu início como ator profissional foi no teatro. Em 1952, antes de servir no Exército, ele atuou no teatro Gateway Playhouse em uma adaptação de O Pequeno Príncipe. Ele fazia o papel do piloto de avião que fez amizade com o interessante alienígena.

Depois de servir ao Exército, ele voltou a esse mesmo teatro em 1955. Neste ano e nos anos seguintes, ele atuou em várias peças, como Time Out For Ginger, de Ronald Alexander, e The Crucible, obra do famoso dramaturgo Arthur Miller, conhecida no Brasil como As Bruxas de Salém. Ele também atuou em outros teatros na segunda metade da década de 1950. Por exemplo, no Arena Theatre, na capital do país. A carreira de ator de Duvall havia começado bem, e folhetos da época descrevem-no como um favorito do público.

A estreia de Duvall na televisão aconteceu em 1959, em um episódio de Armstrong Circle Theatre, um programa de antologia que apresentava dramas (e, às vezes, comédias) originais. Ele apareceu com frequência em programas de TV nos anos 1960, especialmente programas de suspense ou policiais. Entre os shows em que atuou nesse período estão Além da Imaginação, A Quinta Dimensão, Viagem ao Fundo do Mar, The Mod Squad e O Fugitivo.

O começo da década de 1960, mais especificamente o ano de 1962, viu a estreia de Duvall no meio que mais do que qualquer outro iria consagrar seu talento de ator: o cinema. Nesse ano, Duvall participou do aclamado O Sol é para Todos, no papel do inocente e perturbado Boo Radley.

Entre os outros filmes que Duvall fez nesta década, podemos citar Bullit, de 1968, e Bravura Indômita, de 1969.

A carreira de Duvall do ano de 1970 para frente

Em 1970, Robert Duvall fez Mash, clássico antiguerra que abordava a Guerra da Coreia em um período em que os americanos estavam envolvidos em outro esforço militar na Ásia para combater o comunismo e impedir sua expansão: a Guerra do Vietnã.

Mash, filme em que Duvall interpretou o Major Frank Burns, tornou-se um clássico da Sétima Arte. Sua atuação como o antagonista atraiu considerável atenção para o ator, que começava a se destacar e ficar famoso. No ano seguinte, 1971, Duvall fez o papel título em THX 1138, filme do gênero ficção científica que marcou a estreia de George Lucas como diretor de cinema (Lucas também escreveu o roteiro e editou o filme).

Em 1972, ele fez o papel de Tom Hagen, o conselheiro de Don Corleone, em The Godfather (nome original do filme O Poderoso Chefão). A atuação magistral nesse papel valeu ao ator uma indicação ao Oscar de ator coadjuvante. Ele repetiu o papel no segundo filme da franquia em 1974.

Apesar do sucesso alcançado pela franquia, Duvall não quis atuar em O Poderoso Chefão Parte lll, de 1990. Ele não aceirou a diferença gigantesca de pagamento entre ele e o ator principal, Al Pacino, que fazia o papel de Michael, o novo líder da família mafiosa. Mais tarde disse nunca ter se arrependido da decisão. O famoso diretor dos filmes da série, Coppola, disse que Duvall fez muita falta e que planejava dar um espaço maior para seu personagem, que dirigiria as organizações controladas pela família mafiosa.

Entre os filmes em que o ator atuou na década de 1970, podem ser citados o filme de guerra A Águia Pousou, que trata de um plano (ficcional) nazista para sequestrar o líder britânico Winston Churchill. Em 1979, atuou no clássico Apocalipse Now, com Martin Sheen e Marlon Brando. Na verdade, o icônico papel de Bill Kilgore, o comandante que amava o cheiro de napalm pela manhã, garante que a associação Robert Duvall-Apocalipse Now seja quase tão forte quanto a que existe entre O Poderoso Chefão e o ator na mente do público.

Também em 1979, fez Duvall The Great Santini (no Brasil, conhecido como O Grande Santini). Sua atuação nesse filme rendeu-lhe outra indicação ao Oscar, dessa vez o de ator principal.

Os anos 1970 haviam feito de Robert Duvall um astro — merecidamente.

Entre os filmes que o ator fez desde então podemos citar The Natural, de 1984, Dias de Trovão, de 1990, Deuses e Generais, de 2003 e Papai Bate um Bolão, de 2005.

Interessantemente, já representou Robert Duvall Stalin, famoso ditador soviético, Eisenhower, general e presidente dos Estados Unidos e Eichmann, célebre criminoso de guerra nazista que foi capturado pelos israelenses e submetido a um famoso julgamento por seus crimes. Ele representou essas personalidades da vida real, respectivamente, no filme para TV Stalin, de 1992, na minissérie de TV Ike, de 1979 (e no filme para TV Ike: The War Years, do ano seguinte), e no filme para TV The Man Who Captured Eichmann, de 1996.

Robert Duvall dirigiu dois filmes: We’re Not the Jet Set, um documentário de 1977, e, em 1983, Angelo My Love, filme que ele também produziu.

Vida pessoal do ator

Diferente do que acham os que pensam que Robert Duvall morreu, ele ainda está vivo. Em 2018, completou 87 anos de idade. No momento em que foi escrito esse texto, seu crédito dramático mais recente era o filme As Viúvas, de 2018.

Possui Robert Duvall cônjuge, a atriz e diretora argentina Luciana Pedraza, a quem se uniu em 2005. Seus três casamentos anteriores, com Barbara Benjamin, Gail Youngs e Sharon Brophy, terminaram em divórcio.

Uma coisa que os fãs se perguntam é a altura de Robert Duvall. Fontes divergem nesse caso, variando entre 1,74 m e 1,78m. Robert Duvall não possui filhos.

Robert Duvall: prêmios

Em sua longa e triunfante carreira, o ator recebeu muitos prêmios importantes ou foi indicado a eles. Falaremos de alguns. Ele foi indicado a 7 Oscars, 3 de Melhor Ator e 4 de Melhor Ator Coadjuvante. Ele ganhou um Oscar de Melhor Ator por sua atuação no filme A Força do Carinho (nome original: Tender Mercies), de 1983.

Foi indicado 7 vezes ao Globo de Ouro e ganhou em 4 ocasiões, por suas atuações nos filmes Apocalipse Now, A Força do Carinho, na minissérie Lonesome Dove e no filme para TV Stalin.

Ele foi indicado 7 vezes ao prêmio do Sindicato de Atores e ganhou uma vez por sua atuação no drama legal A Qualquer Preço.

Em 2005, o presidente Americano George W. Bush agraciou Robert Duvall com a Medalha Nacional das Artes.